Como o Manejo Correto da Silagem de Milho Evita Prejuízos na Atividade Leiteira
O Momento Técnico Castrolanda discutiu o corte da silagem de milho no momento certo e as estratégias nutricionais necessárias para garantir a máxima qualidade e produtividade na atividade leiteira, destacando como pequenas decisões no campo podem evitar grandes prejuízos. A Analista Técnica PL, Aline Milani Fillus, explicou que o ponto de corte é decisivo, pois ele define a qualidade nutricional da silagem. O ideal é que o corte seja feito com a planta apresentando 32% a 35% de matéria seca. Se o corte for realizado muito cedo, a planta terá excesso de água e pouca energia; se for tardio, o teor de fibra aumentará e haverá perda de digestibilidade. Para identificar o momento correto da colheita, é crucial observar o grão entrando no estágio farináceo e duro, diferente do ponto leitoso (milho verde), e monitorar a linha do leite. O objetivo é que dois terços ($2/3$) do grão já estejam duros, indicando acúmulo adequado de amido. No momento do corte, dois pontos principais de atenção são o tamanho de partícula adequado (geralmente entre 14 e 22 mm, dependendo da estratégia da propriedade) e a quebra dos grãos de milho. Quanto melhor o processamento, idealmente quebrando o grão em, pelo menos, quatro partes, melhor será o aproveitamento pelo animal. Colher fora do ponto ideal tem impactos significativos. Colher cedo demais reduz a energia, pois a planta ainda não acumulou o amido esperado. Colher tarde demais aumenta drasticamente a fibra, o que limita a ingestão de alimento e, consequentemente, a produção de leite. Além disso, a silagem muito seca compromete a compactação e acelera a deterioração. Nessas situações, o desempenho animal é comprometido e há maior redução do estoque devido a perdas fermentativas e deterioração. Aline ressaltou a importância da compactação correta e rápida e da vedação do silo, que evitam perdas, melhoram a estabilidade aeróbica e condicionam melhor o alimento, garantindo a qualidade da silagem ao longo do ano. No pós-abertura, é fundamental que a retirada da silagem seja bem executada, evitando a descompactação do painel. Deve-se garantir um consumo diário de, pelo menos, 25 cm ao longo de todo o painel e não deixar o material exposto ao tempo para evitar perdas. A silagem é um investimento que requer manejo correto, e embora existam situações que exijam cortes mais cedo ou mais tarde, a assistência técnica está disponível para auxiliar o produtor no monitoramento da lavoura e na definição do momento ideal de corte, evitando prejuízos em um material que será utilizado pelos próximos 12 meses.
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1 Antena entrevista com Aline Milani Fillus, Analista Técnica PL da Cooperativa Castrolanda - O Ponto Decisivo para o Sucesso Leiteiro 19 horas atrás
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